terça-feira, 17 de novembro de 2015

Educação como alvo do desprezo político chega ao extremo.


























A inquietação causada pela expectativa de fechamento de pelo menos 170 escolas estaduais de São Paulo fez com que o secretário da pasta, Herman Voorwald, participasse de um encontro com deputados estaduais aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na semana passada. Em foco, coube a ele explicar o processo que ele chama de ‘reestruturação’, e que os docentes vem denunciando como ‘fechamento’.

Falando para 20 parlamentares, Voorwald explicou que as alterações para o ano letivo de 2016 são baseadas na queda da taxa de natalidade e na redução expressiva da população em idade escolar. A reorganização prevê ainda a segmentação das escolas por ciclo de ensino. Atualmente, segundo a secretaria, as unidades que possuem três segmentos (anos iniciais, finais e Ensino Médio) representam uma qualidade de educação 10% inferior às escolas com apenas um segmento.
“Por isso, o intuito é otimizar mais os espaços ociosos e redefinir gastos ante a séria crise econômica do País”, afirmou o secretário de Educação.
A medida teve início, explicou Voorwald, com base em levantamento realizado pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que apontou uma queda de 1,3% ao ano da população em idade escolar no Estado de São Paulo. Entre 1998 e 2015, a rede estadual de ensino perdeu 2 milhões de alunos. A rede foi desenvolvida para absorver até 6 milhões de alunos, hoje conta com 4 milhões.

A secretaria ainda informou que o sistema já estaria ultrapassado – é praticamente o mesmo há quase 40 anos –, o que permitiu a seguinte ideia de ganhar corpo: alunos do ensino primário (1º a 5º ano) em uma determinada escola e ensino médio (6º ao 9º) em outra escola, deslocando esses alunos num raio de no máximo 1,5 km. Com isso, de acordo com a pasta, há possibilidade de investir especificamente nessas escolas de acordo com suas necessidades.
Aos deputados estaduais aliados, Voorwald prometeu não fechar nenhuma unidade escolar. O secretário disse que, se houver fechamento a estrutura física será aproveitada para abrigar outros investimentos na área de educação, como ETECs e FATECs.

Também presente no encontro, o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, explicou que haverá um deslocamento mínimo de alunos, em geral de 1,5 km "a recomendação do MEC é que alunos não se desloquem mais do que 3 km" nos municípios onde realmente haverá necessidade de alteração.
“Vamos discutir o processo com os envolvidos e os deputados, e o resultado final será melhorar ainda mais a escola pública”, completou Aparecido.
Professores discordam e denunciam precarização

Apesar das informações já prestadas pela Secretaria de Educação, o Sindicato dos Professores de São Paulo (Apeoesp) afirmam que 170 escolas já teriam recebido avisos de que estão dentro do processo de reestruturação, podendo ser alvo de fechamento. A medida, de acordo com a entidade, deve afetar mais de 1 milhão de estudantes, levando a uma precarização ainda maior tanto para docentes quanto para estudantes, que já vivem com a superlotação das salas de aula.

“É uma mudança que vai atrapalhar a vida de todos. Isso já aconteceu em 1995 e o governo está aí, questionando”, disse a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha. A entidade de classe promete continuar realizando manifestações (como a da semana passada) contra a medida anunciada pelo governo estadual – a próxima acontece nesta terça-feira (20).

Para a categoria, o que a secretaria quer principalmente é implementar a meta 21 do Plano Estadual de Educação (PEE) – “promover, até o final da vigência do PEE, a municipalização dos anos iniciais do Ensino Fundamental” –, levando a uma precarização do ensino público. A Apeoesp diz que o plano não foi discutido com a devida amplitude com a sociedade.

Tentando amenizar as críticas e a polêmica, a secretaria chegou a divulgar comunicados para paisprofessores e até um link com 15 pontos a serem esclarecidos, tentando pôr fim às dúvidas ainda vigentes para todos os envolvidos. Ao que tudo indica, apenas a divulgação integral do projeto do governo, ainda sem data definida, deve esclarecer todos os detalhes da polêmica.



quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Ônibus de madrugada em São Paulo?


Quem estuda à noite ou trabalha em shoppings, supermercados ou outros estabelecimentos que encerram suas atividades bem tarde, frequentemente precisa “correr pra não perder o último ônibus”, ou, pior… esperar até amanhecer para voltar para casa.  Muitos, assim, ficam dependentes do carro particular, ou de taxis, opção pouco viável em função do custo, no cotidiano…
Muitas grandes cidades do mundo já contam com sistemas de transporte público que funcionam de madrugada. Em Londres, as linhas noturnas acompanham os trajetos do metrô, saindo da Praça Trafalgar. Em Barcelona, os ônibus da madrugada funcionam da 23h às 6h e, de sábado para domingo, não há interrupção na operação do metrô. Em Paris, um sistema noturno opera das 00h30 às 5h30 e, em Medellín, 65 linhas funcionam das 22h às 4h. Em Nova York o metrô não para, mas reduz o número de estações que ficam abertas.
Em São Paulo, o metrô fecha e apenas 98 linhas de ônibus operam de madrugada. Mas a Prefeitura já anunciou que, a partir do primeiro semestre de 2015, vai implementar uma rede de ônibus que funcionará de madrugada, da meia-noite às 4h. A proposta é ampliar o número de linhas para 140 e organizar o sistema. Os ônibus da madrugada deverão percorrer os principais eixos de transporte público da cidade (tanto nos corredores de ônibus, quanto nos trajetos do metrô) e, também, circular no interior dos bairros, com horários e intervalos fixos. Nos bairros deverão ser utilizados veículos menores, como os que atualmente são empregados pelas cooperativas.
À imprensa, a Prefeitura afirma que a medida beneficiará principalmente pessoas que estudam no período noturno, além de trabalhadores e frequentadores de bares, restaurantes e baladas que funcionam até tarde, em bairros como a Vila Madalena. Acredito, porém, que esses são apenas uma parte dos beneficiados: numa cidade como São Paulo, muitos serviços são realizados principalmente de madrugada (entregas, abastecimento de comércio, entre outros), outros simplesmente não param (hospitais e aeroportos, por exemplo), sem contar o grande número de pessoas que prefere “trocar a noite pelo dia” pra evitar perder horas em deslocamentos no trânsito. Uma rede de ônibus na madrugada, portanto, deve atender a necessidades mais amplas de mobilidade na cidade.
Ao anúncio destas mudanças somam-se os resultados da auditoria que a Prefeitura encomendou sobre o transporte público de São Paulo, investigando os serviços oferecidos pelos atuais concessionários e seus custos. Motivada pelas manifestações de junho de 2013 contra o aumento da tarifa, a auditoria mostrou, por exemplo, que 10,5% das viagens que deveriam ser realizadas simplesmente não o são. Além de ampliar e organizar a oferta de ônibus de madrugada, portanto, a cidade tem pela frente um enorme desafio, que é desenhar um novo modelo de contratação das empresas, revendo horários, frequências, custos e formas de fiscalização.
Ônibus de madrugada? Sim, vai ser muito bom se tivermos. Melhor ainda se este for um dos elementos de uma nova pactuação com as empresas prestadoras do serviço de transporte público, coisa que a cidade está precisando fazer faz tempo!

terça-feira, 29 de julho de 2014

GRADUAÇÃO e PÓS GRADUAÇÃO GRATUITA NA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - EM SÃO PAULO, OS POLOS SÃO NOS CEU´S


A UAB oferece, por meio das instituições públicas de ensino superior integrantes do Sistema, os seguintes cursos:
  • Bacharelados, Licenciaturas, Tecnólogo e Especializações: cursos voltados para formação inicial e continuada de professores da educação da rede pública de educação básica e para o público em geral interessado (demanda social). As vagas para atendimento da demanda social são acertadas entre as instituições de ensino ofertantes e os governos locais, sendo publicadas nos editais de seleção de estudantes para os cursos.
  • Especializações do programa Mídias na Educação: cursos ofertados com o objetivo de proporcionar formação continuada voltada ao uso pedagógico, na educação a distância, de diferentes tecnologias da informação e da comunicação. Esse curso foi reformulado e re-estruturado em duas entradas distintas: curso de extensão de 160 horas, para professors que não possuem nível superior completo, e especialização de 360 horas (no mínimo), para professores já graduados;
  • Graduação em Biblioteconomia: curso de bacharelado destinado à formação de quadros de apoio à realização dos cursos nos polos de apoio presencial do Sistema UAB;
  • Especializações para professores, em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC): cursos ofertados em nível de pós-graduação lato sensu, com duração de 360 horas e certificação para os concluintes. Atendendo à legislação vigente, destina-se ao preparo de docentes para temas transversais dos currículos de educação básica.
  • Programa Nacional de Formação em Administração Pública - PNAP: cursos ofertados em nível de graduação - bacharelado, e pós-graduação lato sensu - especialização, destinados à criação de um perfil nacional do administrador público, propiciando a formação de gestores que utilizem uma linguagem comum e que compreendam as especificidades de cada uma das esferas públicas: municipal, estadual e federa

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Conselhos para fazer crítcas com cuidado.

   

Um assunto polêmico tem circulado ultimamente os meios de comunicação, que é a CRÍTICA. Face a  tal circunstâncias, dedicamos mais um tempo no sentido de contribuirmos para que o leitor possa formatar sua própria ênfase sobre este aspecto que pode ser construtivo, mas tem-se optado pelo destrutivo numa grande maioria dos casos. 

   Segue-se então, 10 conselhos elaborados sobre como proceder na hora da crítica, elaborado por Michael Zigarelli ao Instituto Jetro. 


   Dar um feedback, fazer uma avaliação de uma pessoa que contenha críticas negativas, é um dos maiores desafios para qualquer gestor, até mesmo para os mais graduados e experientes.
   O desafio é ainda maior quando é um cristão que tem que fazer isso. Se faz de maneira errada, pode ser taxado rapidamente de hipócrita pela pessoa que recebeu a crítica.
Por isso, enumero aqui 10 conselhos para ajudar-lhe a cumprir a tarefa de forma satisfatória.

Faça-o confidencialmente: A crítica em público sobre o trabalho de um funcionário é humilhante e pode conduzir à difamação do mesmo pelo restante da equipe. Por isso, quando for criticar, faça-o confidencialmente.

Faça-o pessoalmente: Geralmente é um erro fazer a crítica pelo telefone, pelo e-mail ou por algum outro veículo impessoal. A pessoa provavelmente se sentirá “cega”. Ao contrário, uma discussão pessoal permite que o avaliado entenda mais claramente seus interesses legítimos.

Vá direto ao ponto: A maioria dos subordinados “sente” quando seu superior tem algum problema com eles. Quando você chama alguém para conversar, mas fica dando voltas, ele percebe na hora e isso é frustrante para ele. Vá direto ao ponto.

Valorize sempre as qualidades: É essencial que o subordinado compreenda que você não vê somente as deficiências, mas também sua contribuição à organização. Para comunicar isso, um bom começo pode ser: "Eu acho que você está indo muito bem em relação a 88% das tarefas que lhe atribuí. O que nós vamos conversar nos próximos minutos, é sobre os outros 12%.”

Centralize o discurso em você e não nele: Falar na primeira pessoa é uma ferramenta que ajuda a não deixar o subordinado na defensiva. Estruture suas críticas nos termos de como você sente. Uma afirmação como "eu não estou compreendendo esta parte de seu relatório" tende a ser menos ofensivo do que "o que você escreveu nesta parte não está fazendo sentido." A aproximação anterior comunica essencialmente a mesma informação, mas soa menos ofensivo ao receptor da crítica.

Seja específico: Críticas abstratas, como "você está executando seu trabalho bem abaixo da média", não condizem com um gestor eficiente e nem funcionam como avaliação justa. Melhor que categorizar o desempenho ("bem abaixo da média"), seja específico sobre o que se espera e contraste isto com fatos objetivos sobre o que a pessoa realizou ou não. Isto ajudará a trazer um foco melhor sobre o problema e sobre qual medida tomar.

Atenha-se aos fatos: ater-se aos fatos significa ser objetivo e evitar julgamentos especulativos sobre as causas do comportamento impróprio. Fale sobre o que você sabe e seja verdadeiro.

Não seja repetitivo: Em toda a discussão, não há nenhuma necessidade de repetir a crítica. O subordinado “pega” a idéia. Também, se possível, atenha-se a um problema por vez. E, se possível, evite ressuscitar problemas antigos que já foram resolvidos previamente. Os subordinados recebem isso como desnecessário e injusto.

Através de um esforço comum, tentem achar uma solução: Após ter feito a crítica, envolva o subordinado na busca da solução do problema. Uma pessoa que ajude na busca de uma solução pode ser mais comprometido a efetuá-la do que outro que tem uma solução empurrada de cima para baixo. Localize o problema, ajuste alguns objetivos mutuamente adaptando-os como uma base para a próxima avaliação. Também, se achar apropriado, projete – junto com a pessoa - um plano de desenvolvimento para ajudá-lo a direcionar o trabalho corretamente. Dar um feedback, fazer avaliações, é uma ferramenta que deve ser usada mais de uma ou duas vezes por ano. Na verdade, o ideal é que seja uma atividade contínua. Consequentemente, quando você vir um subordinado fazer algo errado (ou direito), deixe-o saber imediatamente para corrigir (ou para reforçar) seu comportamento.


terça-feira, 27 de maio de 2014

Liberdade de expressão e o direito de criticar - Ministro Celso de Mello


O Ministro Celso de Mello decide no Recurso Extraordinário com Agravo 722.744 do Distrito Federal que "Jornalista tem o direito de fazer crítica impiedosa".
A decisão do ministro é longa, constituída de 18 páginas, e comentá-la ponto a ponto daria um livro. Como não tenho esta pretensão, serei lacônico em minha prédica: Todo o equívoco do ilustre ministro se funda em dois conceitos que são essencialmente filosóficos, quais sejam: liberdade e crítica. Diz o ministro Celso de Mello na página 5:
“Não se pode desconhecer que a liberdade de imprensa, enquanto projeção da liberdade de manifestação de pensamento e de comunicação, reveste-se de conteúdo abrangente, por compreender, dentre outras prerrogativas relevantes que lhes são inerentes, (a) o direito de informar, (b) o direito de buscar informação, (c) o direito de opinar e (d) o direito de criticar.”
Pois bem. Sartre é a melhor pessoa para nos auxiliar aqui – e desde já peço a compreensão de todos pela ausência da citação das referências, pois não é meu intuito transformar esta reflexão em artigo acadêmico...
O ministro acerta quando fala da liberdade como algo inerente ao ser humano. Para Sartre, principalmente no livro “O Ser e o Nada”, o ser humano é produto de sua liberdade, já que a todo momento escolhe as ações que irá praticar. Dessa forma, a liberdade não é uma conquista humana, ela é uma condição da existência humana. Acontece que a liberdade é uma via de mão dupla, onde um vai com sua liberdade e o outro vem. Não existe liberdade do indivíduo isolado, pois o indivíduo não é só. A liberdade é conjunta, daí na obra do Sartre quando se fala em liberdade, se fala, também, no Outro. O outro é necessário para a minha existência, mas é também um mal; um mal necessário. “Somos, eu e o outro, duas liberdades que se afrontam e tentam mutuamente paralisar-se pelo olhar. Dois homens juntos são dois seres que se espreitam para escravizar a fim de não serem escravizados.” E diz mais Sartre no livro “O Ser e o nada”, p. 473,
"Pode acontecer que, pela própria impossibilidade de identificar-me com a consciência do outro por intermédio da minha objetividade para ele, eu seja levado a me voltar deliberadamente para o outro e olhá-lo. Nesse caso, olhar o olhar do outro é colocar-se a si mesmo em sua própria liberdade e tentar, do fundo desta liberdade, afrontar a liberdade do outro. Assim, o sentido do preterido conflito será deixar às claras a luta de duas liberdades confrontadas enquanto liberdades."
Em resumo: a minha liberdade limita a do outro e a do outro, limita a minha. Direitos e deveres, senhor ministro: o direito de criticar e o dever de respeitar. O senhor bem sabe que não existe hierarquia entre direitos e garantias fundamentais, certo? Logo assim, se por um lado a Constituição Brasileira diz em seu art. IV, que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, imediatamente após diz: V - “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”; e tem mais: IX – “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”, e imediatamente após: X – “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
Andou bem o legislador da Constituição quando inseriu o direito à liberdade de expressão e a responsabilidade por suas manifestações em incisos próximos. Liberdade de expressão e respeito ao outro são, em Sartre e na Constituição, gêmeos siameses.
Sigamos.
O ministro fala em direito à crítica. Do que se retira da fundamentação do Celso, a crítica pra ele é um caminhão carregado de brita, desgovernado descendo uma ladeira e o outro que será atingindo, um fusquinha subindo esta ladeira bem devagar. Desculpe-me, ministro, mas eu sou uma pessoa muito apegada a conceitos.
A palavra Crítica vem do grego “Crinein” que significa “separar; julgar”. Criticar é concordar ou discordar de algo, apresentando argumentos pertinentes à questão. Criticar, ministro, não é a licença que um jornalista – ou qualquer outra pessoa – tem para ofender quem quer que seja. Um jornalista, uma pessoa qualquer, que chame outro de mentiroso, de ladrão, sem apresentar provas concretas não está sendo crítico, no mínimo um irresponsável e, no máximo, uma pessoa que se enquadra em dois crimes previstos no Código Penal: o da difamação (art. 139) por chamar o outro de mentiroso e o de calúnia (art. 138), por chamar o outro de ladrão.
Se ainda resta dúvidas quanto ao conceito ou sentido do que seja uma crítica, recomendo a reflexão profunda sobre uma frase do teólogo Leonardo Boff:
"Ser crítico é tirar a máscara dos interesses escusos e trazer à tona conexões ocultas. A crítica boa é sempre também autocrítica. Só assim se abre espaço para um conhecimento que melhor corresponde ao real sempre cambiante. Pensar criticamente é dar as boas razões para aquilo que queremos e também implica situar o ser humano e o mundo no quadro geral das coisas e do universo em evolução."
Então, Dr. Ministro Celso de Mello, o que o senhor chama de liberdade pra criticar é, nada mais nada menos, do que a abertura dos portões que deixam adentrar em nossa sociedade o direito de “falar o que eu quiser, doa a quem doer”; e esta prática, sabemos, não condiz com bons costumes e nem é um caminho indicado pra uma sociedade como a nossa que, dia após dia, vem perdendo a capacidade de dialogar e resolvendo tudo “na base da porrada”.
Por fim e enfim, como eu disse, a decisão do ministro é longa e comentar cada parte, cada trecho, me tomaria um tempo que eu não disponho e que nem seria interessante pra este espaço. Peço que leiam a íntegra da decisão dele e percebam como, brilhantemente, usando o recurso da falácia – recurso que só gênios conseguem usar com louvor – ele quer nos fazer entender que “esculhambar o outro é um direito inerente à profissão do jornalista”.
Estamos perdendo a capacidade de argumentar, de fazer ideias e teses brigarem. Estamos optando pelo recurso retórico do argumentum ad hominem ao invés de fundamentar nossos pensamentos numa base teórica sólida. O jornalismo, então, está deixando de informar pra se tornar um instrumento de mera opinião, de politicagem, de manipulação ideológica. Estamos caminhando para a barbárie. E o pior: com a benção jurídica do Supremo Tribunal Federal.
Como diz o teólogo François Fénelon: "As difamações e calúnias são os argumentos daqueles que não têm razão."

Fonte: http://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos/120478089/liberdade-de-expressao-e-o-direito-de-criticar?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Comissão de Moradores que participam do Conseg Penteado em Reunião na Sub Prefeitura Freguesia do Ó.









Uma comissão de moradores do Jd Elisa Maria, Princesa, Jd Tereza, Vista Alegre, Jd Damasceno e adjacências, se reunião na terça feira (13) com o subprefeito interino, Sr. Januário, para discutir melhorias nessas regiões. Fato é que há poucos dias, 4 jovens foram assassinados na praça sete jovens (que recebeu esse nome pelo assassinato de 7 jovens) e a sensação de insegurança é muito grande, os pancadões organizados sempre de domingo para segunda, tirando o direito de descanso do trabalhador, provocando problemas de hipertensão nos idosos, deficientes físicos são tirados por corrente humana até uma rua próximo onde se consiga chegar de carro devido a multidão que bloqueia a rua,  iluminação sucateada, problemas diversos nas sinalizações de trânsito da região, fazem com que haja um sentimento de abandono do poder público em relação a essa parcela de munícipes. Assim foram nesta reunião, cobrar um posicionamento mais enérgico e satisfatório por parte daqueles que tem as condições de fazer algo. Segundo autoridades presentes, se mais pessoas fizessem isso, de forma organizada como foi esse evento, os administradores públicos teriam muito mais condições de poder exercer seu papel, pois, existem centenas de problemas a serem resolvidos e quem precisa apontar o mais emergente, é justamente a população.  

Conselho Comunitário de Segurança Pública do Estado de São Paulo - Conseg Penteado









Reunião do Conseg Penteado realizada no Parque Tietê. População participa reivindicando melhorias de iluminação pública, melhorias nas vias públicas pela CET, cobrando da sub prefeitura uma ação mais presente diante das solicitações nas reuniões, dentre outras.

quinta-feira, 27 de março de 2014

ONDE ESTÃO OS GESTORES DAS SUBPREFEITURAS DE FREGUESIA / BRASILÂNDIA E CASA VERDE ?

Segundo relato de transeuntes, que aliás fazem caminhada todos os dias a partir da Av. Inajar de Souza com Av. Penha Brasil até o final da própria Av. Inajar de Souza, são mais de seis meses que a prefeitura não recolhe o lixo desta faixa da avenida. Segundo um morador, existe um processo de recolhimento a noite em toda a extensão da avenida que vai justamente da Av. Penha Brasil sentido centro, no sentido bairro, o serviço não acontece; apesar do recolhimento convencional no ponto do "sem terra", referindo-se a ocupação do Futuro melhor. 

A realidade no entanto, é que os munícipes precisam trafegar no meio da rua, pois lixo, esgoto a céu aberto, mato, bicho morto, pneus, etc, ocupam as calcadas. 

Os moradores e usuários almejam um posicionamento de respeito do poder público, uma vez que no sentido bairro/centro, a responsabilidade do lado direito é da sub Freguesia e o lado esquerdo da sub Casa Verde.